Foi o primeiro Natal como mãe de dois filhos e, embora já tenham passados dez meses desde o nascimento do meu segundo filho, a rapidez com que este ano passou parece que ainda me custa habituar à ideia, ou que sempre foi assim...
O Primeiro Natal como Mãe de Dois
Obviamente que com duas crianças o Natal ganha um significado ainda mais especial, mas a logística também duplica, triplica, complica!
O Natal foi passado na aldeia da Lapa do Lobo, portanto a aventura começou com carregar o carro até ao tejadilho com presentes, roupa, biberons, e toda a casa atrás. Depois, coordenar horários para garantir que faríamos a viagem sem coincidir com horários de refeição para que as crianças fossem a dormir e não sermos obrigados a parar a meio do caminho - como inevitavelmente aconteceu, apesar do planeamento.
A aventura continuou com a chegada da família - uma alegria! Casa cheia, mas, uma vez mais, conciliar timings da ceia de Natal e ajudar nos preparativos com sesta, lanches, horários de biberon, banhos, roupinhas de Natal iguais (que me obrigaram a percorrer Lisboa quase inteira para as encontrar), entre outros desafios.
No meio de tudo isto, a gestão do consumismo. Encontrar o equilíbrio entre não oferecer presentes em demasia, até porque as crianças não brincam com metade do que que recebem, mas garantir que ficam felizes com o que recebem.
Coração Cheio
No entanto, e apesar disto tudo, estou de coração cheio. Pela primeira vez, o João Maria viveu o Natal com uma intensidade emocionante. Vibrou com as decorações em casa, com as luzes na rua, com a festa de Natal na escola, com a abertura diária do calendário do advento e com a contagem dos dias que faltavam até chegar o dia 24. Com a passagem do Pai Natal na Lapa do Lobo, com a abertura dos presentes!
Assistir à sua felicidade e à sua ansiedade não só me trouxe recordações calorosas da minha infância como me emocionou e me fez estar grata pela sorte que tenho em viver esta aventura da maternidade.
O Manuel Maria, no apogeu dos seus 10 meses também gozou o Natal: à sua maneira! Rindo-se para as luzes, vibrando com as canções e quase literalmente comendo o papel de embrulho dos seus presentes.
Apesar de toda a logística, cansaço e alguma irritação, foi um Natal muito especial. O primeiro de muitos - espero - partilhado não com um, mas com dois filhos maravilhosos,
que com gestos simples e sorrisos, me relembram que momentos como estes não se repetem, criam memórias e ficam gravados no coração.
