Viajar é darmo-nos ao mundo e darmos oportunidade ao mundo de entrar em nós. É abraçar outras culturas e permitir-nos aprender com elas. É perceber que as pessoas são felizes em qualquer lugar, mesmo que vivam de forma muito diferente da que nós conhecemos.
Viajar fez sempre parte da nossa vida. Por isso, quando os miúdos nasceram fez todo o sentido para nós incluí-los nas nossas viagens.
Vivênciar Experiências Enriquecedoras
O que nos interessa não é o colecionar de países no mapa, mas a vivência de experiências enriquecedoras. A constatação de que o mundo é enorme e muito diferente. Que tem muito por explorar e que vale sempre o esforço de nos propormos a enfrentar o desconhecido.
E se quando viajávamos sozinhos já achávamos que voltávamos mais ricos, quando começamos a levar os miúdos o sentimento duplicou.
Viajar com crianças obriga-nos a desacelerar. Obriga-nos a ter tempo para absorver os hábitos e as culturas dos países que visitamos. Abre-nos os horizontes e faz-nos reparar em aspectos que até aí nos tinham passado desapercebidos. Deixamos de querer ver tudo a todo o custo e passamos a querer sentir mais passando mais tempo em cada sítio.
Viajar com crianças também nos obriga a lidar com os nossos próprios medos e inseguranças e faz-nos crescer. Quando viajamos em família, talvez pelo tempo que passamos juntos, ficamos a conhecer-nos melhor. Percebemos as nossas maiores qualidade e os nossos maiores defeitos. Criamos memórias que se transformam em laços para a vida. Enfrentamos dificuldades e aprendemos a resolver problemas juntos. E sentimos sempre que regressamos mais fortes.
Criamos memórias que se transformam em laços para a vida.
Mais Que Inglês na Bagagem
Para quem quer viajar com crianças mas não sabe bem como, deixamos 7 dicas que podem tornar todo o processo muito mais divertido 😉
Envolva as crianças nas decisões
No momento de planear a viagem, estude bem o país para onde vai viajar. Envolva as crianças na pesquisa. Estenda o mapa do país no chão da sala e deixe que as crianças participem na escolha do percurso que irão fazer.
Fale com elas sobre os costumes culturais do país assim como os hábitos de alimentação. Mostre respeito pelas diferenças e entusiasmo por tudo o que irão descobrir em conjunto.
Já em viagem, dê o exemplo no momento de experimentar. Mostre que, por mais importante que seja o planeamento, uma viagem sem imprevistos deixa muito menos histórias para contar.
Faça o TPC
Estude o país que vai visitar. A segurança e forma como lidam com as crianças. Há países onde as crianças ativas e barulhentas são mais bem recebidas do que noutros. Na internet é fácil encontrar relatos de outras famílias (normalmente estrangeiras) sobre as suas viagens.
Pesquise acerca dos cuidados de saúde existentes e identifique os hospitais mais próximos. Perceba junto do pediatra se há vacinas aconselhadas e faça a consulta do viajante. Leve uma pequena farmácia com os medicamentos essenciais em caso de diarreias ou febres. Quando viajamos para países mais remotos, levamos antibiótico de largo espectro para a eventualidade de ser preciso e não termos uma farmácia perto. Quando tudo isso estiver tratado, “esconda” na mala e esqueça.
Relaxe e aproveite o que vem a seguir.
Viaje devagar
Planeie a viagem de maneira a terem tempo para parar. Aproveitem os jardins públicos e os parques infantis, ótimos para as crianças brincarem.
Reservem alguns momentos para não fazer nada e o fim do dia para falarem sobre tudo o que vivenciaram antes e as expectativas para os dias seguintes.
Aceite o cansaço e as birras dos miúdos como algo normal e pense que se é para reclamarem, ao menos que o façam fora de casa.
Respeite a diferença
Não tenha medo de expor os miúdos a culturas diferentes da vossa. É isso que faz com que eles se habituem a encarar as diferenças como algo positivo.
As casas, a comida, os transportes, as escolas e as próprias rotinas familiares podem assumir diversas formas. Há muitos tipos de “igrejas” e religiões. E quando eles as conhecem e as vivem, encaram-nas com mais naturalidade e respeito.
Explique-lhes as diferenças sem juízos de valor e mostre-lhes que tudo faz mais sentido quando conhecemos o que está por detrás das tradições.
Deixe que se relacionem com outras crianças e percebam que é mais o que nos une uns aos outros do que aquilo que nos separa.
Seja flexível
Planeie o suficiente mas prepare-se para mudar os planos a qualquer momento.
Nem sempre os interesses das crianças são iguais aos dos adultos e o mais importante é mesmo o tempo que passamos juntos.
Aceite o inesperado e aproveite os imprevistos para criar histórias que vão ficar para a história.
Dê autonomia e responsabilidade
Peça ajuda aos miúdos para fazer as malas. Deixe-os escolher os brinquedos que querem levar dentro dos limites estabelecidos por si e atribua a cada criança a responsabilidade de cuidar das suas próprias roupas e brinquedos durante a viagem.
Ensine-lhes algumas palavras-chave em inglês e deixe que sejam eles a fazer os pedidos nos restaurantes ou cafés, comprar os bilhetes de comboio ou pedir informações. No nosso caso, tanto o G. como a M. têm aulas de inglês desde muito cedo.
Ainda que, no dia-a-dia não seja fácil perceber o quanto aprendem, nas viagens percebemos que o facto de estarem à vontade com a língua lhes dá muita confiança para tentarem comunicar sem ajuda.
Descomplique
Viajar significa passar 24/24h juntos. Lidar com alegrias e frustrações a toda a hora. Gerir expectativas e ultrapassar dificuldades. Por isso, para nós, viajar significa descomplicar. Esquecer a pressão do relógio e deixar de lado as obrigações das rotinas diárias.
Assim, quando chegar a altura de pensar na próxima viagem, junte a família e descomplique. Partam à aventura e divirtam-se. Os miúdos vão agradecer. E os graúdos também!
Não deixe que o inglês limite os sonhos! Descubra como são felizes as crianças com o Helen Doron English.