Porto de Abrigo

Publicado por Tânia Correia em Setembro 11, 2020

Voltamos à gestão das emoções num texto da Tânia Correia que nos leva a refletir sobre o que escondemos e revelamos do que está dentro de nós. Sobre uma imagem de nós que, tantas vezes, deixamos os outros - mesmo os nossos filhos - construir...

#MaisQueInglês


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Com a Verdade Me Enganas

Existem noções que talvez precisemos de refletir sobre elas.

“Ele(a) era um pilar”,

“Nunca o(a) vi triste/ zangado(a)”,

“Era um(a) verdadeiro(a) cuidador(a)”.

Acompanho em terapia muitos “pilares” - pessoas que são vistas deste modo pelos outros. Geralmente, elas confessam-me que ninguém imagina o que esta postura de estrutura sólida esconde.

Ser o porto de abrigo dos outros pode tornar-se sufocante, não por aquilo que os outros exigem de mim, embora também aconteça, mas sobretudo por aquilo que eu passo a exigir.

Criar esta imagem de alguém sempre disponível, feliz, pronto a cuidar, envolve muitas vezes três aspectos bastante duros:

  1. sinto que preciso de dar mais e mais, sendo que nada do que faço é suficiente para mim;

  2. tenho de abafar constantemente as minhas emoções para poder receber as dos outros;

  3. ganho uma certa percepção de responsabilidade pela vida dos outros e isso faz com que a culpa ande sempre a sussurrar-me ao ouvido palavras de cobrança quando algo corre menos bem.

O Que Escondemos Dentro de Nós

Os seres humanos têm emoções: se alguém só demonstra algumas delas é porque se sente de certa forma impedido de mostrar o resto.

  • Se a pessoa cuida regularmente dos outros, de que forma estará a cuidar de si?
  • Será natural nunca ter problemas/ inquietações?
  • O que será que a impede de se expressar?

Estas são algumas das questões que talvez precisemos de nos começar a colocar.

Contrariamente ao que por vezes se pensa, também não precisamos de ser estes pilares inquebráveis para os nossos filhos.

Quando o fazemos, há uma barreira que se cria na nossa ligação emocional e estamos a promover, ainda que inconscientemente, a noção nos nossos filhos de que também deverão ser pilares para os outros (damos as bases para que emitem o comportamento).

Tal não significa que tenhamos de carregar os nossos filhos com as nossas emoções, mas esporadicamente é necessário que tenham acesso a elas a partir de uma expressão saudável (não demasiado intensa) das mesmas.

Mais do que olharmos para o pilar como alguém “muito forte” e pronto a acolher-nos, talvez precisemos de nos questionar sobre o motivo que o leva a acreditar que tem sempre de agir assim.

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Tópicos: Descobrir | Inglês Divertido, Partilhar | Valores para a Vida

Tânia Correia

Publicado por Tânia Correia

Autora do blog 3m's - Menina, Mulher & Mãe

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