Grandmas and Grandpas... We Miss You!

Publicado por Mariana Torres em Maio 4, 2020

Os duros efeitos da pandemia sobre as famílias e a sociedade que se anteviam começam a ganhar contornos mais marcantes.

Quando se assinala o Dia da Mãe, muitas não estarão com os seus filhos por questões de saúde e de segurança. Em pleno estado de calamidade, prestes a iniciar a primeira fase do desconfinamento português devido à Covid-19, existem avós que não convivem com os netos há mais de dois meses.

A situação é paradoxal: enquanto a família nuclear se une, a alargada parece desintegrar-se.

#StayStrong #HealthyKids

A familiar é um pilar da crescimento dos alunos Helen Doron English

Uma Companhia Indispensável

Os motivos são claros e mais ou menos consensuais. As pessoas mais velhas pertencem a um dos grupos de maior risco e as crianças são das principais portadoras do vírus, logo a separação foi inevitável. No entanto, que consequências acarreta esta “nova” realidade social?

A primeira, e que muitos pais apontarão, prende-se com o apoio logístico que muitos avós asseguram. Em muitas famílias, ainda são os avós a ir buscar as crianças, a ajudar os pais no seu quotidiano, a garantir a frequência de uma série de atividades... Embora todos os dias nos lembremos desta função, a verdade é que perdeu algum impacto no momento em que o nosso mundo passou a ser a nossa casa. As escolas fecharam, as atividades encerraram e os pais passaram a assegurar todas as tarefas domésticas.

No entanto, não é esta a limitação mais preocupante. Ao longo dos tempos, os avós têm vindo a desempenhar um papel fulcral na educação dos netos. São, por natureza, pessoas mais experientes, também eles mães e pais, e que partilham sabedoria, carinho, apoio e amor.

Os avós são um dos pilares das sociedades modernas e consequentemente das famílias.

Uma Relação Única

Num mundo em que os pais têm cada vez menos tempo para os filhos, são os avós os portadores de mimo e de disponibilidade, as pessoas com quem podemos sempre contar.

A relação entre netos e avós é única. Não têm a obrigatoriedade de educar, antes pelo contrário são peritos em “estragar” e os netos preenchem as suas rotinas e obrigam à manutenção de atividade mental e física.

Obviamente que os netos sentem muito a falta dos avós: os mais velhos pelas saudades, os mais novos porque nem percebem bem o motivo desta separação forçada.

Mas, e os avós? Tem-se falado muito nas crianças e impacto que tudo isto terá no seu futuro e memórias, mas a verdade é que têm a vida à sua frente.

Os avós, por seu lado, estão mais isolados que nunca. Este novo “normal” leva-os à solidão e à privação daquilo que para muitos era a maior riqueza que tinham. As suas rotinas, as logísticas, os netos. Maioritariamente são pessoas reformadas, pelo que não estão tão ativas profissionalmente e vivem sozinhas ou em casal.

Tenho refletido muito neste período que vivemos. E o elemento mais paradoxal de toda esta pandemia é, sem dúvida, o tempo.

Por um lado, fomos forçados a parar. Contra a nossa natureza de ser social, a estar fechados em casa, apenas com o nosso núcleo familiar direto, quando existe. Do ponto de vista familiar, as tecnologias ajudam muito, mas nada substitui um abraço ou um beijo. Ganhámos tempo para nós, para os nossos filhos, para repensar a nossa vida pessoal e profissional.

Mas, por outro, perdemos este tempo de partilha, de convívio, de família. Tempo este que não voltará atrás para todos os avós nem para todos os netos.

Consequências Nada Boas

As consequências? A curto prazo, o cansaço dos pais e as saudades de todos. A solidão dos mais velhos. A longo prazo, provavelmente a instauração de novas rotinas e menos convívio até existir uma vacina ou uma solução segura. Infelizmente até lá as perdas são inquestionáveis.

Teremos que esperar até não termos tempo novamente para voltarmos a construir memórias familiares sólidas, as que realmente importam. Até lá, cabe-nos a nós manter vivas estas memórias e compensarmos as saudades da melhor forma possível.

New call-to-actionPS. Aprender a dominar a linguagem global será preponderante para vencer um futuro tão incerto e volátil: um passaporte para os jovens de hoje serem os líderes de amanhã.

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Tópicos: Partilhar | Valores para a Vida

Mariana Torres

Publicado por Mariana Torres

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