Num período intenso e controverso, em que a saúde ocupa o primeiro lugar nas preocupações coletivas e pessoais, não deixa de ser importante refletirmos sobre a gestão do stress e do tempo, na nossa adaptação a uma nova realidade.
Descubra as seis estratégias que me têm ajudado a reconstruir a vida.
#StayStrong #HealthyKids
Sem Perder o Controlo...
Por definição, o stress é a resposta do nosso corpo a um evento ou situação de pressão na nossa vida. Existem muitas causas possíveis, mas alterações no quotidiano, contexto social e económico e a falta de rotinas são as principais enunciadas por especialistas. O stress decorre, normalmente, de algo novo ou inesperado, algo que foge ao nosso controlo.
Ora, desde Março deste ano que fomos confrontados com uma alteração abrupta daquilo que considerávamos o nosso “normal”. As escolas encerraram, foi declarado o estado de emergência nacional, fomos confinados a casas onde passávamos cerca de duas a quatro horas ativas por dia, forçados a um convívio permanente com a nossa família direta, forçados a um distanciamento social total. A atividade profissional alterou-se completamente, enquadrada pelo teletrabalho. Mais difícil ainda, numa sociedade tipicamente individualista, assumimos responsabilidades de saúde e segurança para um bem-estar comum.
Parece-me que, alterações mais inesperadas que estas, seria impossível. Como assegurar que, neste contexto, a pandemia não se transforma num pandemónio?
Efeitos colaterais?
Muito se tem escrito e debatido sobre os impactos sociais e económicos da Covid-19. Mas, e os impactos na saúde mental e psicológica de uma sociedade indefinidamente confinada? De futuro incerto e presente condicionado...
O que parecia simples, depressa se tornou complexo. As rotinas tornaram-se num verdadeiro desafio. Conciliar a situação de teletrabalho, que obrigou a imensas transformações e adaptações empresariais e individuais, com as tarefas domésticas, a telescola, as aulas online, o envio de trabalhos, os horários, a gestão pessoal e familiar de uma proximidade e de um distanciamento... Rapidamente se tornou claro que a imposição de “parar” obrigaria a um ritmo alucinante, ainda que dentro de um só espaço.
Reconstruir o Normal
Não sendo certamente o melhor exemplo, e tendo consciência de que poderia ter feito tudo bastante melhor, partilho algumas das medidas que adoptei a nível pessoal e profissional e que garantiram alguma normalidade neste período:
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Horários e Rotinas
Manutenção (dentro do possível) das rotinas e horários, principalmente das crianças. A hora do deitar, o momento da história, a hora do banho e das refeições foram mantidas e são cumpridas, reforçando a distinção entre dias da semana e fim de semana.
Na dimensão profissional, o tópico os horários foi dos pontos mais desafiantes. Progressivamente, verifiquei que a manutenção de um "horário normal" era impossível e, na verdade, recebo mails e comunicações até de madrugada...
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Tempo de Qualidade
Partilha de atividades e tempo de qualidade com as crianças. Apesar da tenra idade, nunca teria tido oportunidade para desfrutar tanto dos meus filhos. Fizemos inúmeras atividades, trabalhos manuais, brincámos e construímos, assistimos a filmes, lemos dezenas de vezes as mesmas histórias e sorrimos, sorrimos muito. Apesar da carga profissional complexa, passei mais tempo com os meus filhos do que alguma vez me seria permitido.
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Digitally Yours
Aposta 100% no digital. Esta nova realidade obrigou-nos, definitivamente, a ser digitais. Já recorria a várias plataformas sociais e profissionais no meu dia a dia, mas nestes últimos 54 dias, o nosso mundo passou a rodar através de um ecrã. Todas as compras foram feitas online, o convívio foi digital, a comunicação também e o conforto de partilha de vivências e experiências foi essencial. Para muitos, o grande refúgio esteve nas séries da Netflix ou do HDO, nas stories do Instagram, nos relatos do Facebook, nas conversas em Face Time ou Skype. O Zoom, outrora desconhecido, tornou-se na minha ferramenta de trabalho por defeito e permitiu que o meu filho mais velho tivesse algum contacto com a professora e os amigos.
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Proximidade em Rede
Apoio às marcas e serviços nacionais. Descobri marcas portuguesas incríveis, negócios de distribuição de cabazes e produtos frescos de enorme qualidade e assisti com orgulho a toda uma economia que, mesmo parada, resistiu e se reinventou. Adaptou-se dando resposta às nossas necessidades e limitações. Se o que é nacional já era bom, agora será ainda muito melhor.
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Trabalho em Equipa - Ainda Mais Importante!
Gestão (difícil) de uma equipa à distância. Com as deslocações limitadas e o confinamento obrigatório, a tomada de decisões, a gestão de expectativas e a manutenção da motivação foram, sem dúvida, os meus maiores desafios. Apesar de as novas tecnologias permitirem alguma interação, as reuniões não presenciais carecem de feeling, de olhos-nos-olhos, de emoção e de sensibilidade.
As empresas tiveram de se adaptar e se reinventar semanalmente, alterando com frequência a sua comunicação, a sua estratégia e lutando pela manutenção dos serviços prestados. Apesar das dificuldades, acredito que quem se adaptou a esta situação, será vencedor no regresso à normalidade que tende a tardar.
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Pensamento Positivo
Enfoque nas oportunidades e não nos obstáculos. Naturalmente que tive momentos de desespero e alguma tristeza, mas de forma geral, procurei desde o início, manter-me positiva e otimista, como aliás me mantenho. O impacto negativo de toda esta situação parece-me inquestionável, mas o início progressivo do desconfinamento, traz-me esperança e alguma tranquilidade.
De Novo a Liberdade
O futuro constitui, ainda, uma enorme interrogação. Talvez, do ponto de vista de gestão de stress esse seja, agora, o nosso maior desafio. Passada a fase mais drástica do confinamento total, aos poucos as empresas vão reabrindo, as pessoas vão saindo e as crianças vão brincando. Com as precauções e os cuidados que a delicada situação ainda recomenda.
Para quando o regresso ao nosso normal - ainda que não seja o normal anterior? Para quando a liberdade de volta? Para quando a certeza do dia de amanhã? Ninguém sabe. Especula-se, debate-se, mas não se pode planear nem definir um prazo. Cabe-nos a todos a árdua tarefa da paciência, da resignação e da esperança... porque, afinal, #vaificartudobem!
PS. Aprender a dominar a linguagem global será preponderante para vencer um futuro tão incerto e volátil: um passaporte para os jovens de hoje serem os líderes de amanhã.
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