A comunicação faz parte da nossa vida, do nosso dia-a-dia e nem nos damos conta da importância que ela tem, do difícil que pode ser ou o quanto nos pode ajudar.
Começamos a comunicar enquanto ainda estamos na barriga da mãe. A comunicação não verbal é tão intuitiva que um bebé, mal nasce, percebe só pela expressão corporal e facial da mãe o seu estado emocional. Simples e poderoso. Depois, ao longo da vida, vamos perdendo estas aptidões naturais e complicando?
Comunicação Eficaz na Família!
É na família que aprendemos a expressarmos as nossas necessidades, os nossos sentimentos. É através da comunicação que socializamos, que aprendemos e ensinamos.
É também pela comunicação que surgem os maiores mal-entendidos, problemas e discussões.
Então se é assim uma ferramenta tão poderosa, porque não aprendermos a usá-la da melhor forma? Porque não olhar para ela como um instrumento, em que primeiro temos de ler o manual de instruções?
O Meu Manual de Instruções
Eu acredito que se a comunicação tivesse um manual de instruções seria:
Primeiro: porquê?
O 1º ponto importante é Saber o Porquê? Nós comunicamos com um propósito, mas ter a consciência do objectivo do que queremos comunicar é meio caminho para que a mensagem chegue como pretendido. Ter a noção exata do que se quer transmitir torna o discurso claro e direto.
Segundo: o quê?
O 2º ponto é que esse objectivo também tem de ser transmitido, o outro não advinha por meias palavras, ou não adivinha os nossos pensamentos! O que é óbvio para nós, não é óbvio para o outro, é importante explicar aos nossos filhos porque estamos a dizer algo, ou a pedir alguma coisa.
Quando fica claro para todos o que pretendemos com o que estamos a transmitir, o que se quer atingir; quando o objectivo é dito de forma explícita, evitam-se muitos mal-entendidos e deixa todos alinhados para um propósito pré-determinado.
Terceiro: para quê?
O 3º ponto é percebermos que necessidade, ou necessidades, é que eu preciso atender com o que estou a comunicar. Ou seja: mais do que arranjar culpados ou desculpas, o que é que eu preciso!
Se nos focarmos nos ganhos que eu posso ter em me expressar corretamente, se eu perceber a necessidade que está por detrás do meu sentimento e do meu pensamento, eu vou ser capaz de pedir para colmatar essa necessidade. Logo vai gerar um sentimento diferente e consequentemente gerar um pensamento positivo!
Quarto: com quem?
O último e 4º ponto é, sem dúvida, onde se encontra o equilíbrio – e o outro? Quando comunicamos fazemo-lo sempre para alguém, a comunicação, por si só, pressupõe que exista um emissor e um receptor. Por isso, tão importante como perceber as nossas necessidades é tentar entender o que é que a outra pessoa precisa. Quais são as suas necessidades que não estão a ser atendidas? Como posso ajudá-la através de uma comunicação assertiva?
E é com base nesta empatia, e expressão sincera do que sentimos e do que necessitamos, que se gera uma comunicação eficaz, afectiva e efectiva!