No passado domingo, 20 de outubro, comemorou-se o Dia Mundial do Combate ao Bullying. Infelizmente esta é uma realidade cada vez mais presente.
Segundo o estudo da Unicef sobre a violência contra crianças "Escondido à Vista", com base em dados de 190 países, uma em cada três crianças, com idades entre os 13 e os 15 anos, é regularmente vítima de bullying na escola.
Em Portugal, uma em cada quatro crianças afirmou ter sido vítima de bullying no último ano, e cerca de 17% admite tê-lo feito.
O fenómeno do bullying - atos repetidos de violência física ou psicológica contra determinada vítima - na internet está em crescimento entre as crianças e jovens em Portugal.
Cerca de 29% afirma que o bullying ocorre com bastante ou muita frequência, tanto online como cara a cara. Mas a maioria considera que o bullying através de meios tecnológicos é mais frequente. Pior que isso: 22% não pede ajuda.
As vítimas muitas das vezes sofrem em silêncio, por medo, insegurança e falta de auto estima.
Mas, se queremos resolver a situação, temos de olhar para os dois lados da equação. O agressor também tem de ser ajudado: estes comportamentos podem ser resultado de outros problemas, de chamadas de atenção, de necessidade de afirmação, de não saber expressar as suas emoções.
Qualquer que seja a questão, cabe-nos a nós pais, professores, comunidade ajudar estas crianças e estes jovens para que não fiquem marcas para toda a vida.
Normalmente surgem alterações no comportamento:
se, sem razão aparente, o seu filho está constantemente triste, amuado, a querer ficar sozinho, não interage, não quer ir à escola nem sair para nada, pode até ficar doente fisicamente, então é melhor ficar alerta e agir!
Primeiro de tudo, falar. Nada melhor do que conversar com o seu filho abertamente, sem julgamento, para que ele se sinta à vontade para contar a situação, sem sentir vergonha, sem sentir culpa.
Incentive-o a encontrar as suas próprias ações, a perceber que pode reagir de forma diferente e que tem capacidade para se posicionar e para enfrentar o problema. Isso irá dar-lhe ferramentas para qualquer situação que surja.
Ajudar não é resolver por ele a situação.
Acima de tudo acredite nas capacidades do seu filho e mostre-se disponível para o ajudar no que ele precisar, que o apoia incondicionalmente!
Prevenir depende de todos nós, com gestos simples como explicar, sensibilizar, apoiar e agir podemos mudar estes números e fazer da nossa realidade escolar um ambiente sem discriminação, sem violência!
Aqui ficam alguns recursos para ajudar a conhecer e a combater este problema nas escolas ou nas famílias:
Um recurso educativo baseado nos direitos humanos para combater a discriminação. Documento muito completo da Amnistia Internacional, com atividades de combate ao bullying.
Aborda diversas temáticas relacionadas com a violência sobre as crianças e os jovens, como violência doméstica, violência no namoro, bullying, violência online, violência sexual, segurança na rua, segurança na internet, segurança na escola, entre outras.
No Bully Portugal é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2016 para acabar com o bullying em Portugal. Trabalha com escolas facilitando ferramentas para prevenir, parar e resolver o bullying entre alunos.
Iniciativa do Ministério da Educação de Prevenção e Combate ao bullying e ao ciberbullying nas escolas. Tem associada a campanha “Escola Sem Bullying. Escola Sem Violência” que se configura como um importante instrumento de sensibilização, prevenção e intervenção, destinado a toda a comunidade educativa, com vista à erradicação deste problema.
P.S. Na Helen Doron mais do que inglês, partilhamos valores para a vida como sejam o respeito por todos e a tolerância por diferentes opiniões. Se quiser dar a boa companhia do inglês aos seus filhos, na Helen Doron podem aprender inglês desde os 3 meses , de modo natural e divertido - para serem cidadãos do mundo!